Diretoria da ATENS/UFSM discute problemas no VBC com Pró-reitora de Gestão de Pessoas

Quase fechando um mês no cargo, a Pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progep) Márcia Lorentz recebeu uma visita da direção da ATENS/UFSM para dar-lhe as boas vindas e também para debater a questão do Vencimento Básico Complementar (VBC), que está sendo abatido de servidores que tiveram progressão de carreira.

A presidente da ATENS/UFSM, Diana Sampaio, parabenizou Márcia pela posse no cargo e ressaltou que a Seção Sindical é uma entidade de diálogo que busca minimizar e evitar transtornos aos seus filiados. O vice-presidente, Clóvis Senger, apresentou a questão VBC, ressaltando que diversos colegas procuraram a ATENS ao serem surpreendidos pela absorção do mesmo na folha de pagamento de janeiro.

“Nós também fomos surpreendidos por este assunto. Foi uma atitude unilateral. Não recebemos nenhuma explicação oficial, apenas um comunicado do SIAPE. Entendemos que, pela legislação, isso aconteceria quando houvesse mudança de tabela, porém servidores que tiveram progressão de carreira e não estavam no final dela tiveram o valor deduzido no VBC. O que resultou em nenhum benefício com a progressão”, comentou Álvaro Cimirro, coordenador da Coordenação de Pagamentos, convidado pela Pró-reitora para participar da reunião.

Conforme Álvaro, que analisou algumas folhas de pagamento, foi difícil entender a lógica usada para fazer essas deduções. “É algo que não está escrito oficialmente em lugar nenhum”, afirmou. Técnicos de Nível Superior e aposentados são os que mais tem potencial de serem afetados pela dedução do VBC.

A Pró-reitora Márcia afirma que o assunto deverá ser pauta na próxima reunião do Forgep.

O ATENS Sindicato Nacional já fez o questionamento jurídico dessa medida, porém sem um documento oficial é mais difícil obter algum resultado.

Para Clóvis, a medida vem em um momento no qual o servidor público está sendo culpado de tudo, sem perspectiva de melhorias, apenas previsão de reduções salariais. “Essa ação leva em conta apenas um critério financeiro”, avaliou Diana.

A ATENS/UFSM pediu, através de requerimento, um relatório de quem foi afetado pela dedução do VBC e como isso impactará esses servidores para poder tomar uma atitude mais efetiva diante desta medida.