Encontro entre Técnicos em Assuntos Educacionais buscou conhecer realidades para melhorar o aproveitamento dos profissionais

O Auditório da Qualidade de Vida da Progep recebeu, na tarde de ontem, 27/11, o encontro dos Técnicos em Assuntos Educacionais, que debateu qual o papel que estes profissionais têm desempenhado na Universidade com vistas ao melhor aproveitamento do trabalho dos mesmos em benefício da UFSM e também da realização profissional desses servidores. O cargo é um dos que mais tem gerado situações de desvio de função não apenas na UFSM mas em diversas universidades pelo país. IMG_20171127_144909169

A reunião foi a primeira de uma série na qual serão debatidos o papel do Técnico em Assuntos Educacionais, os locais onde atuam e onde deveriam atuar, e também deverá elaborar um levantamento da utilização dos TAE e um manual onde haja a descrição das atividades desse profissional para orientação tanto deles quanto de seus colegas e superiores imediatos.

No evento, que também buscou conhecer os profissionais deste cargo, estiveram presentes servidores de diferentes lotações – e diferentes formações. Derca, CTISM, Unidade de Apoio Pedagógico e Gabinete de Projetos (ambos do CCR), CAL, CE e CCS foram algumas das lotações dos participantes que eram formados em variadas áreas, como Física, Biologia, Letras, Pedagogia, História, Educação Física entre outras.

Esse dado já suscitou o primeiro ponto de discussão que é a nomenclatura dada ao cargo.

“Somos de diferentes áreas de formação, trabalhando em diferentes áreas e o nome Técnico em Assuntos Educacionais nos coloca em um mesmo balaio, gerando até confusão com os Técnicos Administrativos em Educação, e são coisas diferentes. Essa nomenclatura prejudica a definição do nosso trabalho”, comentou Gléce Cóser durante o evento.

Todos os presentes relataram que exercem ou exerceram funções diversas das que estavam previstas no edital do concurso que passaram e que por vezes assumiam responsabilidades de outras especialidades (como economistas ou administradores) ou eram subutilizados.

A incoerência entre o trabalho e a lotação também foi um ponto sensível discutido entre os participantes o que resultou na sugestão da TAE Rita Liberalesso de fazer um levantamento de quem são, qual a formação, onde estão lotados e com o quê trabalham os Técnicos em Assuntos Educacionais da UFSM. “Ainda poderemos fazer um levantamento de onde poderíamos trabalhar para adequar antigos e novos TAE”, sugeriu Rita.

Outra questão relatada pelos profissionais foi a “busca de emprego” dentro da universidade, em que o profissional ou chega sem ter para onde ir ou tem que buscar ele mesmo uma vaga por não estar bem utilizado em outra. “Essas questões todas discutidas até agora são encaradas como culpa do servidor e não como um problema de gestão da instituição” resumiu a Pedagoga Venice Grings.

“Tem trabalho para nós, muita coisa pode ser feita na UFSM mas não há um manual, uma orientação, sobre como proceder. A gente não quer só fazer a agenda do auditório, queremos recepcionais novos alunos e servidores, fazer formação continuada, participar de projetos” disse Gléce durante o encontro.

A presidente da ATENS/UFSM, Diana Sampaio, avaliou que a reunião dos Técnicos em Assuntos Educacionais é umreuniao TAE grande passo e tem muita simbologia pois “é através deles que conseguiremos avançar e alcançar outros profissionais que estão em desvio de função ou infelizes. A ATENS vai dar amparo institucional para todas as decisões tomadas no encontro de Técnicos em Assuntos Educacionais pois esta reunião poderá assegurar uma melhor configuração para estes profissionais”, afirmou Diana.

Uma carta foi escrita pelo assessor jurídico da ATENS/UFSM, Giovani Bortolini, relativo a esse tema e foi lida aos presentes.