Assembleia decide por adesão à paralisação de 48 horas pela Educação

Em assembleia nesta sexta-feira, 27 de setembro, filiados e filiadas votaram pela adesão à paralisação nacional do setor da Educação que ocorrerá em 2 e 3 de outubro. A assessoria jurídica da ATENS apresentou novidades sobre a Reforma da Previdência.

Apesar da adesão à paralisação, filiados e filiadas apontaram que devem ser feitas atividades diferentes que mobilizem e levem as pessoas para as ruas ao invés de ser um convite a ficar em casa. A assembleia deliberou pela participação em eventos que tratem sobre o tema da Educação e Serviço Públicos durante os dias de protesto.

O primeiro deles é a participação na audiência pública sobre o Future-se, sugerida na reunião do Conselho Universitário (Consu) desta sexta-feira. O evento acontecerá no dia 2 às 8h30 ainda sem local definido.  Outra orientação é participar das palestras que estão sendo organizadas pelo Sinasefe no CTISM e no Colégio Politécnico, previstas para acontecer nos dias de paralisação.

A sugestão dada pelos filiados e filiadas em assembleia para as próximas manifestações foi de que seja batido o ponto nas datas de paralisação, mas que se faça o protesto ocupando espaços sem trabalhar, preservando a porcentagem obrigatória, assim como foi feito no protesto dos servidores da justiça. Segundo os filiados, é preciso ocupar os espaços mostrando que todos querem trabalhar mas não nas condições em que o serviço público está sendo colocado.

 

Reforma da PrevidênciaIMG_2233

A Assessoria Jurídica da ATENS levou informações sobre a tramitação da reforma da previdência. O advogado Giovani Bortolini informou que, após 77 emendas recebidas na comissão especial, o relator rejeitou boa parte delas para apressar o processo. Ele ressaltou que uma das novidades é que a contribuição extraordinária foi alterada de modo a poder atingir não apenas os servidores da União, mas também de estados e municípios. Assim, quando as contas do governo estiverem deficitárias, o contribuinte poderá ser convocado a tirar do seu bolso.

“Como estamos vendo, a reforma da previdência não está diminuindo desigualdades ou tirando regalias, está é prejudicando a classe trabalhadora. O Future-se é a entrega do patrimônio físico e intelectual construído pelas universidades públicas. A reforma tributária vem aí, mas não vai ser o que esperamos: a maior tributação brasileira é sobre o consumo assim quem ganha menos seguirá pagando mais. E ainda temos a reforma administrativa no setor público que está se apresentando como um projeto de desagregação e destruição do serviço público bem como de precarização do atendimento à população”, comentou o presidente da ATENS/UFSM, Clóvis Senger, sobre as notícias que têm circulado relativas ao serviço público.